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GranBio inicia produção de etanol de segunda geração
09/24/2014
Empresa dá início às operações da primeira planta de etanol celulósico do Hemisfério Sul
São Paulo (SP), 24 de Setembro de 2014 - A GranBio, empresa de biotecnologia industrial 100% brasileira, iniciou produção na primeira fábrica de etanol de segunda geração (2G) em escala comercial do Hemisfério Sul. A Bioflex 1, unidade construída em São Miguel dos Campos, Alagoas, tem capacidade inicial de produção de 82 milhões de litros de etanol por ano.
O etanol de segunda geração da GranBio é o combustível produzido em escala comercial mais limpo do mundo em intensidade de carbono - 7,55 gCO2/MJ, índice comprovado pelo Air Resources Board (ARB), da Califórnia. O cálculo leva em conta as emissões de CO2 desde a coleta da matéria-prima, passando pelos insumos e consumo de energia, até o transporte e distribuição em porto da Califórnia. Nenhum outro combustível produzido em larga escala é mais vantajoso para o meio ambiente e para reversão das mudanças climáticas que o da GranBio, primeira produtora de etanol 2G celulósico a ter a pegada de carbono aprovada pelo órgão americano.
Para viabilizar o projeto, a GranBio, controlada pela GranInvestimentos S.A., investiu US$ 190 milhões na construção da fábrica e US$ 75 milhões no sistema de cogeração de vapor e energia elétrica, esse último em conjunto com a Usina Caeté, do Grupo Carlos Lyra. As obras foram concluídas em 20 meses, menor prazo se comparado a qualquer outro empreendimento desse porte, e foram gerenciadas pela GranEnergia, empresa também controlada pela GranInvestimentos S.A.
“Quando anunciamos a construção da fábrica em Alagoas, em meados de 2012, assumimos o risco da inovação e do pioneirismo em um projeto com potencial transformador para as indústrias de biocombustíveis e bioquímicos”, afirma o presidente da GranBio, Bernardo Gradin. “Mais do que a inauguração de uma fábrica, esse projeto é uma prova de que o Brasil pode liderar a indústria de biotecnologia mundial a partir de seu potencial agrícola”, diz Gradin.
O Brasil tem potencial de aumentar em 50% a produção de etanol apenas com uso de palha e bagaço, sem necessidade de ampliação de canaviais. A GranBio desenvolveu um sistema de coleta, armazenamento e processamento de palha equivalente a 400 mil toneladas por ano para a Bioflex 1, o que o coloca entre os maiores e mais competitivos do mundo.
A fábrica da GranBio utiliza a tecnologia de pré-tratamento PROESA® da empresa italiana BetaRenewables (empresa do Grupo M&G), as enzimas da dinamarquesa Novozymes e as leveduras da holandesa DSM.
GranBio e Caeté investem US$ 75 milhões em solução inédita de bioenergia
A GranBio e a Usina Caeté, do tradicional grupo alagoano Carlos Lyra, criaram uma parceria para a produção integrada de vapor e energia elétrica. Instalado ao lado da Bioflex 1, o sistema de cogeração é alimentado com bagaço de cana-de-açúcar e lignina – subproduto gerado no processo de produção do etanol de segunda geração. Trata-se de uma solução inédita de bioenergia no Brasil, pois é a primeira vez que a lignina será usada para esse fim na indústria sucroalcooleira. O investimento conjunto das empresas no solução de bioenergia chegou a US$ 75 milhões.
A caldeira do sistema de cogeração permanecerá em operação durante onze meses no ano, o equivalente a oito mil horas, no período de safra e entressafra da usina Caeté. Assim, além de atender às necessidades das duas fábricas, a caldeira gerará um excedente de energia elétrica da ordem de 135.000 MWh/ano – o suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes -, que será comercializado e se tornará uma fonte de renda para as empresas.
O investimento em bioenergia reforça uma tendência irreversível no mercado de energia do Brasil. Além de uma alternativa para suprir a demanda do País, a geração de energia com resíduos antes deixados no solo proporciona uma redução considerável na emissão de CO2 para o meio ambiente.
Sobre a GranBio
Fundada em 2011, a GranBio é uma empresa brasileira de biotecnologia industrial, controlada pela GranInvestimentos S.A., que cria soluções para transformar biomassa em produtos renováveis. Pioneira na produção de etanol celulósico, ou de etanol de segunda geração (2G), no Hemisfério Sul, a companhia é a única do setor que atua do começo ao fim da cadeia produtiva - da matéria-prima à distribuição do produto final -, integrando tecnologias próprias e de parceiros.